Lado a Lado - Capítulo 17

(...)


Ficamos alguns minutos naquela sintonia perfeita de dois corpos que se conversavam sem que eu e o Lucas precisamos soprar nenhuma palavra mas logo depois nossos lábios se desgrudaram e sem motivo nenhum começamos a rir eu ainda segurando em seu pescoço e ele se segurando em minha cintura, a frequência dos risos diminuíram e eu o Lucas ficamos nos fitando no escuro com a persiana cortando seu lindo rosto com a sombra e apesar de todo sentimento.
- Seu beijo é mais doce do que eu pensava. - disse Lucas segurando meu queixo.
Sorri envergonhada.
Ele me abraçou me conchegando em seu peito definido e acariciando minha cabeça.
- Eu prometo que vou fazer você a mulher mais feliz. - disse ele cochichando como se fosse um segredo.
- Não prometa o que você não tem certeza que será capaz de cumprir. - digo.
- Nem que seja a última coisa que eu faça eu vou te fazer feliz. - disse ele olhando nos meu olhos.


As malas estavam tomando conta da sala, Stuart estava indo para Chicago para o enterro de Wendel ele ainda estava tomado pela tristeza, seus olhos emitiam tristeza e diziam que estava inconformado.
- Como estão Sanny e Joe? - digo me referindo aos pais de Wendel.
- Péssimos, titia está na beira de um surto. - disse Stuart sentando no sofá com as mãos entrelaçadas e olhando para o chão.
- Eu queria poder ir com você. - digo me sentando ao seu lado.
- Melhor você ficar aqui. - disse ele olhando para mim e depois olhou para meus curativos.
Passei as pontas dos dedos sobre os curativos enquanto o encarava.
- E é até melhor que você não veja o Wendel... - disse ele se levantando - você sabe.
Vovó apareceu com seus braços abertos para abraçar Stuart.
- Oh meu filho, é triste essa situação... já perdi uma filha e um marido mas tive que me agarrar em algo que me fez ter forças, arranje uma fonte de forças isso o ajudaria muito. - disse vovó.
- Obrigada, dona Nina... eu acho que já arranjei. - disse Stuart dando uma olhada rápida em minha direção.
Logo em seguida Stuart vestiu a jaqueta de couro marrom e ergueu a alça da mala de rodinhas e se certificou os comprovantes da compra das passagens que havia comprado pela internet.
- Acho melhor eu já sair, o transito deve estar o caos no centro da cidade com o fim de ano chegando. - disse ele.
- Quer que eu vá com você até o aeroporto? - digo.
- Nem pensar, ficou crazy? - disse ele.
- E aliás eu vou com ele. - disse Asha saindo do corredor toda arrumada.
- Fico mais tranquila assim. - disse.
- Quando você volta? - perguntou Lucas.
- Talvez depois do natal ou até antes, depende como estão as coisas por lá. - disse ele - enquanto isso cuida dessa desmiolada por mim, Wendel pediria a mesma coisa. - disse ele parado no meio da sala.
- Pode deixar! - disse Lucas colocando a mão em meu ombro.
- Stuart... - disse Asha e ele olhou para ela que estava de pé perto da porta - precisamos ir agora.
Stuart assentiu e começou a ajeitar as malas.
- Stuart. - digo
Ele me olhou enquanto eu me levantava e o abraçava com força prensando os curativos contra meu peito, senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
- Volta, eu quero te ver aqui logo. - digo.
 Ele me apertou com força também.
- Eu volto! - disse ele forçando um sorriso e limpando meu rosto.
Stuart me soltou se despediu de Lucas e de vovó e logo saiu com Asha fechando a porta e me deixando com o coração partido.
 - Que catástrofe! - exclamou vovó - Não pude nem conhecer seu garoto!
- Talvez ele nunca tenha digo meu garoto. - cochicho a mim mesma.
- Ele era um grande homem! - disse Lucas, tentando consolar vovó.
- Isso foi clichê! - digo.
- Porque? - disse Lucas confuso.
- Porque quando uma pessoa morre ela se torna a melhor pessoa do mundo, todo mundo começa encontrar as qualidades dela enquanto ela estava viva o que todo mundo conseguia ver era seus defeitos e o que adianta agora dizer que ele era uma grande pessoa? - digo.
Lucas e vovó ficaram em silêncio paralisados me encarando.
- Me desculpem, eu estou nervosa com tudo isso. - digo pendendo sobre a mão.

Lucas se sentou ao meu lado e me aconchegou em seus braços como se ele soubesse exatamente do que eu precisava.
- Calma, tudo vai ficar bem... você vai ver. - disse ele beijando minha testa.

- Vou fazer um chá, tudo isso afetou minha rinite.. vocês querem? - disse vovó.
- Não, obrigado. - respondeu Lucas.
Eu estava abalada demais para responder vovó, mesmo assim ela saiu em direção a cozinha falando que sua idade já estava avançada de mais para aguentar fortes emoções como a de hoje. Lucas e eu ficamos em completo silêncio e no conforto dos braços dele acabei caindo no sono.

Alguns dias se passaram e a véspera do natal havia chegado, a falta de Wendel havia se cicatrizado com o carinho surpreendente de Lucas e finalmente parecia que as coisas que estavam dando certo, Asha conseguiu figar Timmy de uma vez por todas e até liança ela já estavam usando, eu estava feliz por ela ter encontrado alguém que possa chamá-lo de seu. Stuart ainda não havia voltado, mas disse que estava feliz por seus pais terem o recebido de braços abertos quando chegou a Chicago. Eu e o Lucas estávamos  cada vez mais próximos, não nos beijamos novamente desde aquela noite em que ele havia se declarado para mim, não tínhamos essa necessidade, a companhia um do outro já bastava e isso era o que me mais encantava em nossa relação não definida. 
Na manhã da véspera do natal eu, Lucas, Asha e vovó fomos ao centro de Londres para comprar os presentes que enviaremos para nossos familiares, quero dizer que Lucas e Asha enviaria para seus familiares eu apenas iria presentar vovó. A cidade estava parecendo um bolo coberto de açúcar refinado de tanta neve, mas não fazia tanto frio como costumava fazer nessa época do ano, as árvores cruas de folhas ganharam brilho dos piscas-piscas natalinos, crianças brincavam nas praças fazendo bonecos de neve o que me fez lembrar a tarde que passei com Lucas logo quando ele chegou à Londres.
- Como é frio. - disse vovó.
Rimos.
- A senhora sabia que aqui em Londres existe uma cafeteria super boa? - disse Asha.
- Melhor que os meus cafezinhos? - disse ela surpresa.
- Melhor não, mas tão bons quantos os seus vovó. - disse.
- Então me leve agora mesmo lá, vamos menina... - disse vovó para Asha.
- Okay - disse ela sorrindo - Eu vou levar a vó Nina na Starbucks, e vocês aproveitem esse tempo okay? - disse Asha piscando um olho.
- Okay! - dissemos juntos enquanto riamos.
 Asha seguiu com vovó até uma Starbucks mais próxima, enquanto eu e o Lucas seguíamos para o outro lado do centro da cidade.
- Onde devemos ir agora? - disse Lucas soltando fumaça pela boca.
- Comprar uma árvore! - disse arrastando - o até uma loja.
Compramos uma árvore e mandamos entregar em nosso apartamento, compramos também alguns enfeites natalinos e depois seguimos novamente pelas ruas frias.
- O que você comprou para a vovó? - disse Lucas.
- Um cachecol. - digo - e você? o que comprou para sua família?
- Nada - disse ele rindo.
- Como assim seu desnaturado? - digo abismada.
- Eu não sei o que compro para eles.
- Isso não é desculpa, o que sua mãe gosta? - perguntei.
- Não sei, talvez roupa, talvez sapatos ... eu não sou bom nesse quesito... sorry!
- Perfumes, nós mulheres adoramos perfumes! - digo.
Seguimos até uma perfumaria e compramos um 212 Carolina Herrera Rosé para Karina, que era mãe de Lucas.
- Pronto resolvemos o problema de sua mãe... - digo conferindo o perfume embrulhado dentro da sacola.
- A sua sogra. - completou Lucas.
- Maybe, baby! - digo e depois solto um sorriso.
- Agora temos meu pai e meu irmão. - disse ele
- Do que eles gostam? - pergunto como se fosse uma expert em dar presentes para as pessoas.
- Futebol. - disse ele.
- Ai complicou! - rimos - não sou boa nesse quesito, sorry! - digo imitando-o anteriormente.
- Talvez não precise ser algo específico de futebol.
- Que tal uma camisa? - digo.
- Boa ideia! - concordou ele.
Logo seguimos para uma camisaria e compramos três camisas para Paulo, seu pai e Leandro seu irmão mais novo, sendo que uma delas era aquelas bem clichês escrito "I was in the land of the queen and not forgotten you!" que significa " Eu estive na terra da rainha e não me esqueci de você!" , mas Lucas concordou que todo mundo precisa de uma dose de clichê para entender o que é bom.
Depois de ter resolvido os problemas dos presentes para  a família de Lucas, voltamos para casa de táxi onde encontraríamos vovó e Asha preparando a ceia do Natal.

(Continua...)



Comentário da Autora:

Heey amores, tudo Okay? Como prometido comecei a postar de dia de semana porque agora estou de férias do colégio e por isso agora estou tendo tempo, graças a jeová \Õ/ Espero que vocês tenham gostado desse capítulo, o outro eu fiquei encantada por ele nem parece que fui eu que escrevi , sério dsdfadkfadkofasd Obrigada as meninas do grupo da fanfic no face, pelos elogios vocês são o motivo por qual eu ainda não desisti da fanfic ♥
8 Comentário, okay anjos? 
os comentários além de me ajudar a escrever a fanfic pra vcs é pra que o blog fique entre os primeiros em pesquisa no Google, é por nós isso :)

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