Lado a Lado - Capítulo 11

(...)


Quando me vi ao chão demorei pra processar a informação mesmo assim me levantei depois de alguns segundos minha cabeça ainda girava então me deitei na cama e com o passar dos minutos eu fui melhorando até quando Asha entrou no meu quarto e me viu como praticamente uma integrante da família Adms de tão pálida.
- Cruzes Kat como você tá pálida! - diz Asha se aconchegando ao meu lado na cama.
- Não tô legal.
- Percebi, o que você está sentindo?
- Faz um tempo que venho me sentindo meio zonza de vez enquanto.
- hum...hã, posso te perguntar uma coisa?
 - Claro - digo olhando confusa pra ela.
- Vou ser direta: você não acha que pode estar grávida?
- What? - olho assustada pra ela - bebeu foi?
- Não brigue comigo, é que você sabe... o Wendel aqui ha duas semanas e tal sei lá pode ter acontecido.
- Não fala bobagem, garota! - digo colocando a mão na testa.
- Calma, foi só uma hipótese.
- Começa amanhã se não vir eu deixo você começar com suas mandingas. - digo aceitando a hipótese.
A Asha saiu da Índia mas a Índia não saiu dela então ele vivia com as receitas caseiras que havia a prendido com sua mãe pra tudo. Teve um dia que eu acordei com uma ressaca daquelas e em dois segundos ela me apareceu com um chá de alho, alecrim e canela e não é que a dor de cabeça e a ressaca toda foi em bora?!
- Não é mandinga - diz ela mordendo os dentes - é cultura.
- Okay, okay... agora me deixe dormir um pouco.
Esse "um pouco" foi até a manhã seguinte, eu sempre ficava meio depressiva quando o Wendel ia embora e para não ficar angustiada pela falta dele eu preferia dormir, passava o tempo mais rápido.
Na manhã seguinte acordei por volta das oito e meia da manhã, era sábado dia de sair pras festas londrinas, mas quando comecei a sentir uma cólica extremamente forte, tão forte que eu achei que tinha um monstrinho sambando no meu útero, me revirava de uma lado para o outro na cama e apesar de toda essa dor infernal que eu sentia todo santo mês eu me sentia aliviada por saber que não estava grávida.
- ASHAAAAAAAAAA! - gritei desesperada no quarto. - AAAAASHA, CASETE DE PRESSA!
- Que foi? o que está acontecendo? - diz Asha entrando correndo no carto e assustada.
- Pelo amor de Allah me ajuda, tô dando a luz a um monstrinho. - digo de bruços na cama.
- Oi? - diz ele confusa.
- Cólica Asha, CÓLICAAAA.
- Ah! - ela riu - espera aí...
Ela saiu do quarto e voltou logo em seguida com um comprimido e uma caneca de chá.
- Toma, vai melhorar depois toma um banho quente. - diz Asha sentando ao meu lado segurando a caneca enquanto eu me levantava.
- Certeza que isso vai melhorar? - digo pegando o comprimido e a caneca.
- Passar a dor eu não sei, mas que faz você dormir isso faz... mas na maioria das vezes a dor diminui.
- Legal , tô sendo sua experiência. - digo bebendo o chá com o comprimido.
Ela riu.
Ficamos conversando até o a dor diminuir depois fui direto para o banheiro para tomar o banho quente e que sinceramente deu uma ajudada em tanto. Depois do banho me deitei no sofá da sala e fiquei assistindo filme enrolada na coberta.
- Quer brownie? - diz Asha da cozinha.
- Trás que eu como com você. - digo.
Em seguida Asha aparece com um prato de vários pedacinhos de brownies de chocolate e se enfiou debaixo da coberta junto comigo.
- Cadê os meninos? - digo.
-  Saíram juntos bem cedo hoje, disseram que iam fazer compras.
- Compras? - digo confusa enquanto me delicio com meu brownie.
- O Lucas disse que precisava comprar roupas.
- Espero que ele compre roupas de outras cores.
- Verdade - Ela ri - ele só usa preto, poque hein?
- Um complexo que ele tem desde pequeno.
- O que ele tem de Deus grego tem de pirado.
Eu sorrio.
Depois de algumas horas Lucas e Stuart entram carregando muitas sacolas, sacolas de todos os tipo e o que me mais chamou atenção foi um violão dentro da capa que o Lucas carregava nas costa.
- Isso é um violão? - digo olhando confusa pro Lucas.
- Ah, é... finalmente achei um.
- Nosso companheiro aqui - diz Stuart batendo a mão no ombro do Lucas - toca violão.
- Sério? - diz Asha.
- Aham. - diz Lucas rindo.
Eles entram no corredor carregados pelas sacolas e Asha começou a mexer no celular durante alguns minutos.
- Kat, você não se incomodar se eu sair com o Timmy agora?
- Claro que não Asha. - digo. - Só uma pergunta.
- O que?
- O Timmy é gay mesmo?
- Então... - Asha começa a rir.
- Danadinha você hein. - digo rindo.
- Ah, sabe como é né... - diz ela levantando.
Sorri. Fiquei durante alguns minutos na sala sozinha e isso me fez cair no sono, como disse Asha que o chá faria.
Quando acordei era pro volta das duas da tarde, o único som que eu ouvia era o da TV ligada, minha visão estava meio embaça e cheguei a pensar que o chá que a Asha havia me dado era da folha de maconha e não sabia, mas logo recuperei minha visão e percebi a presença do Lucas na poltrona ao lado.
- Ah, você está ai... - digo me sentando.
- É, acho que estou. - diz ele rindo.
- Quanto tempo eu dormi? - digo
- Umas quatro horas.
- O chá da Asha me derrubou.
- Você está bem?
- Sim, tô no complexo feminino hoje.
Ele ri.
- Vocês homens deveriam sentir o que a gente sente para verem o que é dor.
- Eu sei o que é dor, não essa dor, mas eu sei.
- Duvido. - digo debochando.
- Como é que você acha que eu componho?
- Você compõe? - digo confusa.
- Sim, desde os onze anos.
- E porque nunca me contou? - digo jogando uma almofada nele.
- Você nunca me perguntou! - diz ele sorrindo.
- Esse tipo de coisa não se precisa perguntar a gente se diz como se fosse um currículo.
-Vou tentar lembrar disso.
- Tá esperando o que pra começar a me mostrar suas músicas? - digo
- Você quer ver elas?
- Lógico e aproveita que está aqui a sua chance de ter a opinião uma pianista.
- Tudo bem então - ele ri - espera um minuto.
Ele levanta entusiasmado e depois volta com um caderninho e o violão novo e senta na poltrona novamente.
- Você quer o que?
- Suas composições.
- Qualquer uma?
- A que você mais gosta.
Ele me encarou por mais alguns segundos e então ajeitou o violão no colo e começou a arranhar as cortas do violão.
( Coloca a música para tocar clicando no link : http://www.kboing.com.br/lucas-lucco/1-1255472/ )
Sua voz forte e definida começou a sair de sua boca como se fosse declarações e até podia ser peça melodia da música, eu apesar de ser música de estilo clássico eu gostava de músicas de outros estilos e ali naquele momento em que ele cantava me declarei fã daquele estilo musical o qual eu não havia  definido ao certo ainda. Sua voz era meio roca em uma tonalidade que chegava a ser até sexy e até me peguei imaginando sua voz baixinha no meu ouvido e comecei a sorrir involuntariamente pra ele enquanto ele me olhava e cantava me sorrindo de volta.
( Pare a música)
Ele terminou a música e ficou me olhando fixamente.
- Uau! - digo espantada - Onde estava esse talento todo que eu não vi antes?
Ele ri.
- O tempo todo estava aqui.
- Você canta muito bem, porque não segue a carreira de cantor?
- É o que eu quero, mas por enquanto acho que ainda não.
- E essa música se inspirou em alguém?
- Talvez.
- Linda ela.
- Obrigado!
- Ai... - digo colocando a mão no pé da barriga.
- Tudo bem? - diz ele colocando o violão encostado na poltrona.
- Tudo...ai, dor infernal! - digo fazendo pressão com a mão.
- Posso? - diz ele apontando para o lugar vago ao meu lado.
- Claro...ai...
Ele se sentou ao meu lado e sua mão veio encontro com meu ombro.
- Não sei se vai te ajudar, me ajudava quando estava com dor.
- o que? - digo com cara feia de dor.
- Não entenda mal.
Ele se aproximou pra cima de mim e depois me deitou com a cabeça em seu colo, confesso que fiquei assustada de inicio mas depois me senti tão aconchegada em seu colo que me entreguei sem pensar duas vezes e sem hesitar. Ele começou a cariciar meus cabelos, sim o famoso cafuné e que cafuné meu pai amado, se recomponha Katrina! e começou a cantar a mesma música só que mais suavemente como se estivesse cochichando e sem o som do violão. Ele era incrível, quem é o homem que fica ao lado de uma mulher logo em seu período menstrual quando a mulher fica extremamente chata e nervosa, os olhos dele me encarando enquanto as palavras escorregavam de sua boca e com isso minha dor simplesmente sumiu e com aquele cafuné com o Lucas cantando à capella caí no sono em seu colo.


Era seis e meia da tarde me levantei e fui até a sacada e acendi um cigarro enquanto admirava o Lucas dormir na no sofá, ele havia dormido logo depois de mim. Quando levei o cigarro a boca e dei a primeira tragada foi como se fosse a primeira da minha vida, comecei a tossir loucamente sem conseguir respirar entre os intervalos da tossi, soltei o cigarro no chão que se apagou sobre o gelo que tapava o piso da sacada e corri para o banheiro onde, me sentei sobre a tampa do vaso sanitário e tossia sem parar o que começou a provocar ânsias cheguei a gorfar algumas vezes sobre a pia do banheiro mais nada saiu apenas quando forcei a tosse começou a sair sangue e me assustei pela quantidade de sangue que estava saindo da minha boca voltei com a cabeça para o olhar no espelho enquanto o sangue criava poças na pia e ao olhar para o espelho vejo o reflexo do Lucas na porta me olhando assustado enquanto dividia sua atenção entre meu olhar e a pia inundada de sangue, me senti sem chão sem saber o que fazer e nem por que aquilo estava acontecendo comigo.


Comentário da Autora:
Oi amores, sentiram saudade? Voltei. Tarde mais voltei fagafehtrhrtghsrgt é que dei uma atrasadinha hoje, fui visitar a Starbucks da minha cidade , é linda ♥ e é muito boa as bebidas lá e também tem várias coisinhas gostosas pra comer fdgsdfghrethrth sou gorda mesmo u.u #Recomendo.
O Capítulo tá curtinho porque a) tava sem inspiração b) tá frio pra porra c)tava com sono. Mil perdões novamente, prometo caprichar mais no capítulo de amanhã, Okay?
7 Comentários, Okay? Okay!
Tô esperando vocês amanhã aqui, juntinhos pra descobrir que diabos está acontecendo com a Katrina. bitocas :* fdgwerghtrgthg

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• Qual o nome da música que o Lucas cantou para Katrina?