segunda-feira, 12 de maio de 2014

Lado a Lado - Bônus

(...)


Ela era como um cristal pra mim, linda, única, inigualável porém frágil a beira da estante prestes a cair e se estraçalhar em zilhões de pedaços mas eu estarei ali ao lado dela fazendo o possível e talvez até um pouco do impossível  pra mantê-la intacta.
Depois daquela noticia arrasadora, eu e Katrina andávamos pelo corredor de volta a sala de espera, ela chorava inconsolavelmente meus olhos já haviam se inundado e transbordaram várias vezes durante o caminho eu tentava me manter forte ao seu lado pra que ela pudesse sentir que contar comigo era uma de suas forte opções, mas vê-la chorando era de mais para o meu coração.
- Eu não acredito que você teve que ouvir aquilo... - diz ela parando ao meio do corredor.
- Ei... - digo segurando seu queixo - Eu disse que estaria sempre aqui, não foi?
- Eu sabia que isso um dia ia acontecer. - disse ela com o nariz avermelhado e os olhos transbordando.
- Não pense nisso agora, você precisa colocar as coisas em ordem aqui - digo tocando em sua testa - e aqui. - digo tocando seu coração.
- De que mundo você veio? Eu acabei de descobrir que tenho um câncer evoluído dentro de mim me matando a cada segundo e você quer que eu coloque as coisas no lugar?
- Isso só vai piorar. - digo.
- Isso o que?
- Pensar que você está morrendo.
- E não estou?
- Talvez, mas agora como dizia é hora que organizar tudo enquanto você descansa. - digo abraçando-a.
Ela me abraçava forte, agarrando meu casaco conseguia ouvir os soluços abafados contra o meu peito, eu tentava ao máximo aconchega-lá pra que ela pudesse sentir que ali ela poderia chorar o quanto quisesse.
- Posso te pedir uma coisa? - disse ela ainda abraçada comigo.
- O que quiser.
- Não conte nada a Asha nem ao Stuart, não quero fazê-los sofrer agora.
- Tudo bem, mas precisa avisá-los logo.
- Quando não puder mais evitar eu contarei. - disse ela me soltando.
- Katrina! - digo com repreensão.
- Okay, eu conto em breve.
Começamos a andar de volta pelo corredor até chegarmos a sala de espera e encontrar a Asha em pé com celular nas mãos e os olhos vidrados na tela enquanto bebia o café que esfumaçava perto do rosto.
- Onde vocês estavam? - disse Asha sentindo nossa presença.
- Na sala do médico. - disse Katrina segurando minha mão.
- E ai? - disse Asha preocupada.
- Não tiveram resultados exatos, uma análise melhor sai daqui alguns dias. - complemento.
- Que porcaria! - diz Asha revoltada - Esse tempo todo e num disseram nada? cada dia pior esse hospital medonho!
- Tudo bem, o doutor pediu que eu descansasse. - diz Katrina.
- Okay, mas você está bem mesmo? - fiz Asha se certificando.
- Estou, fica tranquila. - diz ela com sua serenidade.
- Então não se importa se eu sair rapidinho com o Timmy?! é que ele ... - ela franziu o nariz - está lá fora e ... e...
- Vá, eu cuido dela. - digo por fim.
- Sério mesmo?
- Aham, pode ir. - digo forçando um sorriso.
- Thanks man!! - diz ela me dando um beijo no rosto.
E sai ela toda saltitante falando pelo celular.
- Um gol de placa! - diz Katrina sem demonstrar nenhuma emoção.
- Vamos, você precisa descansar. - digo puxando-a.
Chamei um táxi e seguimos para casa, Stuart ainda não chegara de qual lugar ele estaria estava apenas nós dois e o maldito do câncer naquele apartamento, eu tentava tirar ele da história mas a cada cinco palavras que Katrina falava seis era sobre o quão ela era inútil. Depois de longos minutos tentando acalmá-la depois de horas chorando desesperadamente convenci ela a tomar um banho e enquanto ela entrava no banho eu preparava um chá simples de camomila para acalmá-la e um calmante natural que o médico havia receitado caso ela não conseguisse dormir a noite e que por coincidência tinha em casa. Logo depois veio ela marchando pelo corredor com os olhos vermelhos e o nariz também e escorou no sofá.
- Quanto tempo será que eu tenho isso dentro de mim? - diz ela me encarando.
- Algum bom tempo. - digo carregando uma xícara de chá.
- Como é que eu não percebi? - diz ela pegando a xícara.
- Você já tinha percebido só não aceitava. - digo.
- Engraçado que muitos fumantes por ai tem os pulmões cheios de oxigênio e forte como de uma nadador e eu apenas com dois anos de fumo tenho dois tumores e uma metástase.
- A diferença entre isso é que você não precisa ficar pensando nisso.
- Que saco, deixe-me corroer por dentro sozinha. - diz ela afetada.
Ela tomou o chá enquanto eu tentava convencê-la que ter um câncer não é sinônimo de morrer, que a câncer se controla e principalmente se mantem longe dele por muitos anos se o tratamento seguir a risco.
- Você precisa descansar, Katrina. - digo insistente carregando-a para o quarto.
- E você precisa de me tratar com se fosse sua filha de quatro anos de idade.
Ô, santa maria da marra.
- Eu te trato como alguém que é importante pra mim. - digo entrando no quarto.
Eu arrumo a cama dela e a deito na cama e logo depois sento na beira da cama.
- Lucas... - diz ela me olhando seriamente.
- Oi. - digo retribuindo o olhar.
- Porque você está fazendo isso por mim? - diz ela serena.
Eu não sabia se aquela seria a hora de jogar com sinceridade, por mais que meu coração implorasse para contar o quanto ela era importante pra mim desde o momento que seus olhos escuros como dois diamantes negros me encararam no Hyde Park durante aquela noite estrelada, mesmo assim preferi me resguardar.
- Já disse, você é importante pra mim... não só pra mim, mas para o Stuart, para a Asha para o Wendel, a vó Nina...
- Ai... a vó Nina. - diz ela se lembrando que haveria de contar para ela.
- Calma, vai dar tudo certo. - digo acariciando seu rosto.
- Mas seja sincero comigo Lucas, me dê o real motivo pelo o que você está fazendo comigo. - diz ela tentando fisgar meus sentimentos. Me aproximei de seu ouvido como se fosse lhe contar um segredo e comecei a falar cochichando.
- Sabe, na verdade eu estou fazendo isso porque seu amado me recrutou para ser o guardião se sua princesa. - debocho.
- Idiota! - diz ela rindo. - eu estou morrendo e você me enganando, você vai pro inferno.
Katrina, sempre adorável e meiga, incrível.
- Boa noite... pelo menos assim consegui arrancar um sorriso seu. - sorri - agora descansa.
- Okay papai. - diz ela debochando.
Deposito um beijo em sua testa e saio do quarto apagando a luz e fechando a aporta.
Eu queria poder dormir abraçado com ela, tocando seus cabelos turvos e fazendo-a dormir, mas a única coisa que me restava era pedir pra Deus nos ajudar nesse momento.



Comentário da Autora:
Oi deffbfhrgthghetgh, sou radical e vim fazer uma surpresa pra vocês, que não foi tão surpresa assim hsuahsuahsuahsuahusa um bônus do Lucas pra vocês, é a parte da narração do ponto de vista do Lucas, Meigo não é? ♥ Espero que tenham gostado, Não precisa de comentários e nem vai ter pergunta porque é bônus e não capítulo. Okay? Beijuuuuuuus ;* Até sábado ou até a próxima visitinha nomeio da semana hsuhaushauhau.


3 comentários:

  1. Só pq não precisa vou comentar. "Eu queria poder dormir abraçado com ela, tocando seus cabelos turvos e fazendo-a dormir, mas a única coisa que me restava era pedir pra Deus nos ajudar nesse momento." Juro q li umas 10 vezes essa frase, de tão meiga, tão apaixonante que foi.
    Vc não aguenta pressão. Quinta feira fazemos outra em cima de vc u.u bj miga, vc arrasa.
    Bj xau.
    C.

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  2. Já posso morder o Lucas?QUE HOMEM É ESSE?Quero um assim pra mim.

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  3. aiiiiiiii eu eestou amando o bonus pk a gente ve o ponto de vista dele e cm ele é meigooooooooooooo aiii adorooo thay bjss ate logo em kkkk

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