Lado a Lado - Capítulo 6

(...)


Nas ruas de Londres eu e o Lucas andávamos como dois adolescentes, riamos alto, conversávamos sobre todas as coisas que há muito tempo não conversava com alguém e sem perceber andamos até o centro de Londres onde a maioria das lojas já estavam fechadas e sem quase ninguém nas ruas. Ao passar na frente do Hyde Park onde costumava ir pra ficar sozinha, finalmente tinha um lugar pra onde levar o Lucas depois das dez da noite.
- Ah, achei um lugar. - digo puxando o Lucas pelo  braço.
Saímos correndo no meio das árvores  apenas guiados pela minha intuição e pela a luz da Lua, ele ria como sempre e pedia pra ir devagar, mas eu parecia uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo e está ansiosa para mostrá-lo as visitas.
- Onde você está me levando? - diz ele com a respiração ofegante por causa da corrida.
- Em um lugar especial. - digo completamente fora de mim.
Ao sair do meio das arvores chegamos na parte aberta do Hyde Park onde havia um gramado onde muitas pessoas iam para fazer piqueniques com suas famílias pude perceber a surpresa de Lucas ao olhar para o céu e não ver absolutamente nenhum arranha-céu ou coisa do tipo para infligir aquele tecido completamente azul tecido por Deus e cheio de estrelas e a Lua cheia que brilhava como o sorriso dele.
- Como é lindo. - diz ele parando em meio ao gramado olhando para o céu.
- Eu também acho, gosto de vir aqui pra ficar sozinha. - digo olhando para o céu e ainda segurando a mão de Lucas.
- Como pode ser tão egoísta assim? - diz ele me encarando.
- Como? - digo confusa.
- Esse lugar é simplesmente mágico e você costuma vir sozinha? - diz ele rindo.
- Costumava, porque você está aqui. - digo.
Não sei o que havia de errado comigo mas eu não conseguia simplesmente soltar da mão dele na qual ele também segurava a minha com força, eu nunca me senti a vontade quando alguém se aproximava de mim quando estava naquele lugar é como se ele fosse só meu e de mais ninguém mas com o Lucas era diferente eu não conseguia mais me ver ali sem a presença dele ao me lado.
- Olha fez um progresso! - diz ele ironicamente.
Rimos.
- E esse gramado é verde que parece um tapete.. - diz ele encantando pela grama.
- Então deita. - digo.
- Deitar? os policiais vão achar que eu sou maluco.
- Cara, deita ai e fica em paz! tem pessoas o dia inteiro fazendo isso.
- Mas tecnicamente não estamos de dia. - diz ele bancando uma de engraçadinho.
- Deita aí e cala a boca! - digo empurrando-o.
Ele me agarrou pela a cintura o que nos fez cair na grama na mesma posição que no apartamento.
- Eu não acredito ... - digo caindo na risada.
- Você é meio maluca. - diz ele rindo também.
- Eu não acredito que isso aconteceu de novo. - digo me recuperando.
- Pelo menos dessa vez eu tô de roupa. - diz ele sorrindo.
Quando ia encara-lo para responder nos olhares se cruzaram mais um vez me fazendo perder toda a autonomia que tinha sobre meu corpo, ele continuava sorrindo do jeito que eu mais gostava apesar do pouco tempo que tinha conhecido-o.
- Vem, ainda não chegamos. - digo me levantando.
Ele se levanta depressa e começamos a andar mas dessa vez de vagar, enquanto andávamos apenas comentários entre gigantescos espaços preenchidos apenas pelo silêncio de ambas partes. Quando chegamos na ponte onde especificadamente queria levá-lo senti a mesma sensação que tive no aeroporto enquanto esperava por ele.
- Bem, era aqui que queria te trazer. - digo.
- Uma ponte! - diz ele.
- Hei, não é qualquer ponte é a minha ponte! - digo.
Ele se afastou de mim, se pendurou no para-peito da ponte e ficou olhando para os lados.
- O que está fazendo, seu doido?
- Não estou vendo seu nome na ponte!
Ele virou de frente pra e começou a rir enquanto eu o olhava com os olhos semicerrados.
- É sério, eu venho aqui quando preciso compor ou pra não dar um soco no Stuart. - digo me encostando no para-peito ao lado dele.
- Eu ainda acho que ele gosta de você.
- E eu ainda acho que você é doido. - digo.
De repente ele se virou de novo para frente do para-peito e começou a olhar para o rio descendo e quando menos esperava ele começou a subir no para-peito e por um segundo achei que ele iria pular de quinze metros de altura em um lago de dois metros de profundidade.
- Cara desce daí, você vai morrer! - digo assustada.
- Jura que você nunca fez isso? - diz ele me olhando enquanto sentava no parapeito com as pernas penduradas para o rio.
- Tentar me matar? Não obrigada.
- Não sua boba, sentar no para-peito de alguma ponte.
- Não cheguei a esse nível ainda.
- Quem vê você assim toda amedrontada não acha que é a mesma garota que só falta dar uma surra  no colega de apartamento.
Ninguém me chama de medrosa. Antes que ele pudesse me dizer mais alguma coisa subi no para-peito e sentei ao lado dele, ficamos em silêncio durante alguns segundos escutando apenas o barulho do vento batendo nas arvores e o rio rolando a baixo, sem tem o que fazer peguei minha bolsa e apanhei mais um cigarro e acendi.
- Pode falar. - digo entre rajadas de fumaça.
- Falar o que?
- Eu sei que você deve estar pensando o mesmo que Asha e Stuart pensa.
- E o que eu supostamente estaria pensando?
- Que sou uma viciada.
Ele sorri.
- Eu acho que isso tem outro nome.
- Drogada?
- Solitária.
- Como?
- Enquanto estávamos conversando na rua ou até mesmo quando estávamos no apartamento você se quer se lembrou que fumava, mas foi só alguém te contrariar ou se sentir acuada que você se agarra na primeira coisa que você acha te faz forte.
O silêncio reinou novamente, era o que ele conseguia fazer comigo deixar sem resposta até porque ele tinha razão e eu não queria aceitar.
- Eu não me importo com o que você fume se me der um motivo convincente pelo o que te fez começar a fumar. - diz ele me encarando
- Eu já te contei que  foi o...
- Não não... eles poderiam até te mostrado esse caminho mas você adotou isso por conta própria, ninguém te obrigou a isso.
- Eu não sei. - admito finalmente.
- Pois eu tenho um motivo forte pra te fazer largar isso.
- E qual seria? - digo encarando-o de volta.
Ele tocou em meu rosto em meio a algumas mechas de cabelo que esvoaçavam com vento forte e sorriu.
- Quero que você descubra sozinha eu acredito que você vá conseguir e você acredita em você?
- Hã...e-eu..eu..
Ele tocou meus lábios com o polegar pedindo que eu me cala-se.
- Era uma pergunta retórica - sorriu novamente - acho que já está na hora de voltar pra casa.
Ele e eu pegamos um táxi de volta pra casa, ao subir pra o nosso apartamento encontramos Asha e Stuart dormindo. Juro que não pensei de má intenção, mas quando duas pessoas não se bicam e dormem no mesmo quarto no mínimo que pode acontecer é um homicídio por estrangulamento com os lençóis da cama ainda mais quando se trata do Stuart e seus pitis.
- Porque você não fica lá no meu quarto? - digo cochichando pra não acordar ninguém.
- Isso alegraria qualquer homem nessa cidade, mas eu fico bem com o Stuart. - diz ele rindo.
- Eu não estou te chamando pra transar comigo seu tarado, eu só não quero ser conhecida como a garota que causou o homicídio nesse apartamento.
- Ufa, ainda bem... porque você não faz muito bem tipo. - sorri.
- Então?
- Eu fico na sala, não quero causar mais desentendimento entre vocês.
- Tudo bem então, boa noite. - digo ainda parada na frente dele.
- Boa noite.  - responde ele.
Ficamos nos fitando no escuro apenas com alguns feches de luz que entrava pela porta da sacada.
- Não vai dormir? - diz ele depois de alguns segundos.
- Ah é. - digo voltando ao mundo - vou te trazer alguns cobertores e um travesseiro.
- Tudo bem.
Entro no quarto do Stuart quase levitando sobre o piso e pego dois cobertores e o travesseiro no armário e volto par a sala.
- Toma.. - digo entregando os cobertores - trouxe dois porque essa noite é virada de clima, vai fazer muito frio.
- Obrigado - diz ele já deitado no sofá.
- Se precisar de mais tem no quarto da Asha, mas eu recomento aguentar o frio.
- Porque?
- A Asha vai achar que você quer dormir com ela.
- Obrigado pela dica, sou forte. - diz ele sorrindo.
- É... então, boa noite. - digo
- Boa noite. - diz ele.
Então me viro e começo a caminhar em direção ao corredor.
- Ei.. - diz Lucas
Eu me viro.
- Pensa no que eu te disse.
Eu apenas aceno com a cabeça e sigo para o meu quarto. Após me aprontar para dormir, já enterrada entre os cobertores comecei a pensar em todos os momentos dessa noite como eu não me sentia daquele jeito a muito tempo e tentava achar alguma justificativa para todas aquelas sensações que eu sentia involuntariamente quando estava ao seu lado e como ele consegue me entender melhor que eu mesma e de um certo modo ele é bem mais do que eu esperava que ele fosse ser, ele conseguiu me cativar desde o momento que preferiu me escutar ao invés de me julgar. Acho que sinto alguma coisa por ele, mas ainda não sei o que e nem porque talvez também seja esse momento sensível que estava e que só precisava de atenção e foi o que ele me deu. E em meio a todo esses pensamentos caí no sono.


(Continua...)

Comentário da Autora:

FoOooi bonito fooOoi, fooOoi intenso fooOi ♪ dvfhgjhrtyjuktuy eu nau tô bein, genten!
Eai meus fanfiqueiros, gostaram do último capítulo dessa semana? parece que vocês não curtiram o último capítulo :/ mas tudo bem, né? vou superar :'(
Eu estou amando esses dois juntos, pqp, que casal lindo que eles vão ser né? Opss :x falei dms. ddsgefrhtj Só acho que alguém tá se apaixonando ali, falo nada apenas observo o.o
7 comentários hein, são 2.300 acessos diários aproximadamente e só 7 comentários eu peço u.u e é pra saber o que vocês estão achando, e não precisa comentar só quando gosta não, pode comentar e descer a lenha falando que ficou ruim e me fala o que precisa melhorar, porque ninguém evolui sozinho não é? Combinado? só quero ver hein.
Essa semana eu volto mais cedo na Quinta porque é feriado, então até quinta amores ♥ não desistam da fanfic hein.

• Qual o parque em que a Katrina levou o Lucas?