sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lado a Lado - Capítulo 4

(...)


- Ah, oi sou eu sim. - digo colocando a plaquinha para trás.
- Prazer, Lucas! - diz ele apertando minha mão.
Mais que diabos está acontecendo comigo? Katrina, reage mulher!
Eu apenas solto um sorriso meio sem jeito por tanta beleza em uma pessoa só, chega a ser até egoísmos da parte dele ser tão bonito assim, não que o Wendel não seja bonito mas esse Lucas é o conjunto de músculos super definidos com um olhar hipnotizante. Seguimos em completo silêncio até chegarmos fora do aeroporto onde tive que chamar um táxi para ir para casa. Dentro do táxi sentamos eu e o Lucas no banco de trás, conseguia vê-lo pela minha visão periférica e tenho certeza que ele conseguia me ver também pela sua, toda hora eu o via esfregar as mãos primeiro achei que era frio mas o dia não estava tão gelado assim mas depois conclui que ele estava com a síndrome do recém chegado.
- Tudo bem? - eu digo.
- Tudo, só um pouco nervoso. - confessa.
Solto um sorriso me vendo nele quando havia chegado em Londres.
- É tudo tão...
- Tão preto e branco? - interrompo-o
- Eu iria dizer bonito - ele sorri - mas preto e branco também serve.
Quando passamos pelo centro da cidade e ele conseguiu ver o parlamento inglês e o Big Bang apontei para o vidro do lado onde ele estava fazendo-o olhar em direção ao turistas tirando foto com o Big Bang ao fundo.
- Reconhece? - digo
- Não tem como não reconhecer - ele olha em minha direção - é o Big Bang?!
Apenas aceno com a cabeça e ele volta a olhar através do vidro. Mais algumas quadras chegamos ao prédio onde morávamos, ao descer do táxi comecei a mexer na minha bolsa para pegar algumas notas de vinte dólares quando o Lucas tirou do bolsa a carteira.
- Quanto deu a corrida? - diz ele.
- O que? não, não eu pago. - digo.
- Eu faço questão. 
- Quarenta e cinco pratas. - digo cedendo.
Então ele pegou uma nota de cinquenta dólares e entregou ao taxista e recusou o troco apenas com sinais, sem soltar um "thanks" ou nem mesmo um "bye".
- Problemas com o inglês? - digo enquanto ele pegava a mala pela alça e entravamos.
- Todos os possíveis. - diz ele sorrindo.
Lucas Sorriso Frouxo Corrêa.
- Em uma semana você já vai estar falando igual a um genuíno inglês. - disse chamando o elevador.
- Eu acho meio difícil.
- Why? - digo me esquecendo do "todos os problemas possíveis com o inglês"
Ele franziu as sobrancelhas e me encarou como não entendesse.
- Desculpa, é uma coisa meio automático já. - digo entrando no elevador.
- Tudo bem, eu entendo. - diz ele entrando logo atrás.
- Alguém daquela agência ridícula de intercâmbios te falou sobre os moradores da república? - digo apertando o botão com o numero 2, para o segundo andar.
- Não, apenas me falaram pra te procurar no aeroporto.
- Okay, vamos lá... Somos em três tirando você, Stuart de Chicago Estados Unidos, Asha que nasceu aqui mais é filha de uma mãe indiana e morou até os dezessete em Nova Deli, então é fluente em inglês e o dialeto da região da índia onde morava e eu de Santos, São Paulo.
Quando termino de falar e a porta do elevador se abre.
- Como vocês dão conta de conversar? - diz ele meio confuso.
- Todos são fluentes em português. - digo saindo do elevador  e ele veio logo atrás. - o nosso apartamento é o 24, o numero é meio insinuante mais é bom pra não esquecer.
Ele sorri.
 Eu giro as chaves, abro a porta e logo em seguida entramos.
- Vou providenciar uma cópia das chaves pra você e hã, não repara a na bagunça é que hã não deu tempo pra colocar as coisas em ordem. - digo enquanto ele colocava a mochila em cima do sofá.
- É bonito o apartamento. - diz ele.
- Também acho, mas com o tempo enjoa.
- Onde estão Asha e Stuart?
- Na faculdade, Stuart estuda jornalismo e Asha moda.
- E você?
- Eu?
- Você não faz faculdade?
- Hã, na verdade não é bem uma faculdade eu faço parte da academia de música clássica - digo indo até o balcão pegar duas xícaras de café - toco piano na orquestra.
- Piano? que interessante.
Levo até ele um xícara de café e fiz que sentasse e sentei na poltrona ao lado do sofá.
- Você não tem um piano aqui? - diz ele.
- Não posso - tomo um gole do café - por dois motivos: 1. não tenho dinheiro para um e 2. não tem espaço. - tomo outro gole.
- Quem é? - diz ele apontando para o retrato na estante da TV.
Era uma foto que estava eu e a vó Nina antes de eu partir no aeroporto.
- Minha avó. - digo.
- Você se parece com ela. - diz ele tomando um gole de café.
- Tirando o fato que ela tem uns quarenta anos a mais que eu e os cabelos brancos todos dizem que poderíamos ser irmãs. - coloco a xícara em cima da mesa de centro.
Ele sorri... de novo.
- E você? - digo.
- Eu o que? - diz ele me olhando meio espantando.
- Me conta de você.
- Ah, sou um típico cara que nasceu no interior de Minas e que estava morando com os pais até ontem. - diz ele não querendo mostrar muito da vida.
- Mas na carta dizia que você é modelo, não é?
- Não gosto muito desse status de "modelo". - diz ele tomando o último gole do café.
- Mas então porque entrou nessa?
- Não sei, mas até agora isso me abriu muitas portas.
Quando eu abri a boca para dizer alguma coisa a porta se abriu de supetão onde Asha e Stuart entraram como um vendaval rindo alto e sem perceber a nossa presença.
- hei, hei... HEI - grito.
Os dois se calam e finalmente percebem a nossa presença.
- Será que vocês dois podem pelo menos aparentarem serem normais? - digo.
- Eu sou normal, my dear! - diz  Stuart rindo.
- Então esse é o Lucas? - diz Asha se aproximando.
Consigo ver os olhos de Asha brilhando ao olhar para o Lucas que sorria de volta.
- Prazer, Lucas! - diz ele cumprimentando-a.
- Nice to meet you! - diz Asha.
- Ele não fala inglês. - digo me levantando e levando as canecas até a pia da cozinha.
- Foi mal. - diz ela.
- Prazer Lucas, eu sou Stuart o primo do namorado da Katrina. - diz  ele apertando a amão de Lucas.
- Namorado?! - diz Lucas olhando em minha direção.
Olhei para Stuart como se eu tivesse a visão de raio laser do Super Man para fuzilá-lo.
- Não contou pra ele ainda, Katrina? - diz Stuart tentando marcar o território para Wendel.
- Asha, leve o Lucas no quarto dele e explica a situação. - digo com o olhar fixado em Stuart.
- Que situação? - diz Lucas.
- Vem querido, vou te mostrar a sua situação - diz Asha colocando a mão nas costas largas e musculosa de Lucas e encaminhando - o até o corredor - sei que vai ser difícil no começo, mas se quiser meu quarto fica bem na frente do seu e do Stuart...
Quando vejo que Asha e Lucas já não estava mais nos ouvindo me aproximei de Stuart como se estivesse marchando e com os olhos semicerrados e pronta pra dar um murro nele.
- O que você acha que está fazendo? - digo a poucos centímetros dele.
- Deixando clara a verdade.
- Se você ainda não percebeu não tenho mais dezesseis anos e sei muito bem cuidar de mim. - digo.
- Do mesmo jeito que você se cuidou ontem?
- Eu não preciso de ninguém pra me dizer que sou viciada.
- Katrina eu só disse que você namora.
- Não, você quase esfregou na cara dele que ele não pode se quer me dar bom dia de manhã porque eu namoro um cara que o primo dele está vinte e cinco horas por dia em cima dele pronto pra ver ele tentar alguma coisa comigo e ir correndo feito um cachorrinho contar pro meu namorado.
- É bom que ele saiba disso mesmo.
- STUART NÃO HAJA COMO UMA CRIANÇA MIMADA! - digo exaltada.
- Eu só me preocupo com você Katrina.
Eu me afasto dele, abro a porta da sacada e me encaixo no pequenino vão entre a porta e o batente e penduro a cabeça para trás.
- Eu não preciso que você se preocupe comigo. - digo baixo.
- Então peça a ele pra te trazer pra casa todas as noites depois de você vomitar na calçada e brigar dentro de um boate preste a ser presa. - diz ele batendo em retirada totalmente revoltado.
Stuart era um amigo incrível qual eu não o trocava por nenhum outro mas tem horas que é insuportável parece querer ser meu pai, mandar em mim ou coisa assim. Ele sabe como odeio ser mandada por alguém  e já dei mais de trocentas provas de que eu amo o Wendel e que nunca vou trocá-lo por outra pessoa, mas o Stuart insiste ser esse cara chato e desconfiado de mim.
Logo depois Asha volta se abanando com a mão prestes a surtar.
- My god, que homem! - diz ela entrando na cozinha - Ele é a mistura do deus Hércules com o Apolo e uma pitada de meiguice, você perguntou onde ele nasceu?
- Interior de Minas Gerais.
- Onde fica isso?
- Brasil.
- Preciso ir pra Minhãs Grerais ver se acho homens iguais a ele.
Sim, ela pronunciou "Minhãs Grerais" que soou como Minas de Cereais.
Eu apenas abri um sorriso rápido, mas logo voltei para de "alguém-fez-merda-aqui", entrei peguei meus cigarros e voltei para a sacada, mas desta vez fiquei do lado de fora da sacada e fechei a porta. Me escorei no para-peito da sacada e acendi um cigarro que fumei em  menos de dois minutos  que me fez acender outro em seguida e foi assim com os próximos seis cigarros. Eu não gostava quando Asha ou Stuart jogava na minha cara que eu quero uma completa viciada em bebidas e cigarro, me fazia sentir uma droga de pessoa como se eu estivesse envergonhando meus pais e tudo que faço, como se eu estivesse cometendo um crime com pena que me levaria a morte, mas ao invés de dizer tudo isso a eles eu apenas me isolo na droga do meu canto e fumo a droga do maço inteiro de cigarros de uma vez e ficando cada vez mais viciada e dependente dessa merda. 
Estava no meu décimo cigarro e ultimo do maço por sinal, escuto alguém abrir a porta da sacada, me viro para me certificar de quem se trata e me deparo com o Lucas.
- oi - diz ele ainda tímido.
- Oi - respondo olhando para frente.
Ele fecha a porta novamente e se escora no para-peito ao meu lado e fica olhando para frente até perceber que de onde a gente estava fava para ver metade da torre do Big Bang.
- Dá para quase tudo daqui. - diz ele.
- Apenas a praia que não. - digo depois de soltar uma rajada caprichada de fumaça.
Ele olhou para o para-peito e viu o pacote de marlboro vazio e os filtros quase queimados por fumar até o ultimo fio que fumo em volta do pacote.
- Foram os dez. - digo ainda olhando para frente.
- O que? - diz ele se assustando.
- Fumei os dez cigarros do pacote neste tempo que você estava lá dentro - olho em direção a ele - e sabe o que eu acho? Eu acho que você deve volta lá para dentro antes que eu comece a te contar porque eu uso essa merda todos os dias desde os dezessete anos.
- E se eu disser que estou interessado em saber?
- Eu vou achar que você está tentando me seduzir. - digo sorrindo.
- Talvez você me seduza contando sobre essa tal merda.
- Okay, depois não venha dizer que se apaixonou. - digo rindo.
Ele sorri e então eu começo.
- Quando cheguei em Londres Stuart era o único morador da república mas seu primo o Wendel, estava visitando ele numa licença do exercito americano eu tinha dezesseis anos mas os dois conseguiram me enfiar em várias festas para maiores em Londres, foi onde eu e o Wendel começamos a ficar mais próximos do que esperado.
- Ele é o seu namorado de quem o Stuart falou? - diz Lucas me interrompendo.
- Sim, o Wendel vem nos visitar no natal você poderá conhecer ele, e como dizia nessas muitas festas que o Stuart continuou me levando mesmo quando o Wendel havia voltado para o exército comecei a ter contato com a bebida e logo em seguida com o cigarro, talvez seja por isso que o Stuart tenta me proteger tudo.
- Ele se sente culpado. - completa Lucas.
- Exatamente. Desde então fumo de um a três maços de cigarros por dia.
- Você sabia que existem tratamento pra isso?
- Pra que? Eu não preciso viver muito, já estou concluindo meu único objetivo na vida. e depois que concluir o que vier eu abraço.
- Você fala como se não existisse algo de bom no mundo.
- Eu acredito que existe mas também acredito que Deus cometeu um erro me mandando para cá.
- Deus não comete erros.
- Talvez por um minuto em questão de descuido no meu caso ele errou.
Lucas me olhou com um jeito como ninguém conseguira me olhar antes, de uma maneira tão doce e tão acolhedora sem nenhum vestígio de condenação, ele apenas quis me escultar  e me compreender. Ele pousou sua mão sobre a minha e pude sentir sua mão quente sobre a minha gelada apensar do vento gelado que corria na sacada, ficamos apenas nos fitando durantes alguns minutos até a Asha abrir a porta de supetão me fazendo assustar e tirar minha mão rapidamente debaixo da dele.
- Kat, rápido vem ver isso... rápido! - diz ela pegando no meu pulso e me carregando a dentro, senti a presença do Lucas logo atrás de mim.


(continua...)



Comentário da Autora:

Oi meus leitores lindo de bonitos, tudo Okay com vocês? como prometido mais um capítulo na Sexta- feira :) Espero que não tenham desistido da fanfic viu? porque eu faço com muito amor pra vocês. Eu acho que esse capítulo saiu um pouquinho mais curto que os outros mas é porque eu precisei acabar ai por questão de suspense, porque eu amo isso dffegfhwgh E ai o que vocês acham que a Asha queria que Katrina visse? e esse Lucas todo garanhão, hummm apenas observo sa zoueira u.u fhsgjrgj Alguém explica do Stuart que ele é muito mandão? obrigada, de nada u.u Amanhã tem mais amores *-*
Quem quiser a companhar as novidades da fanfic entrem no grupo da fanfic no facebook: https://www.facebook.com/groups/262325250613891
Necessito de 8 comentários nesse post, tô amando os comentários de vocês ♥


  • Quanto custou a corrida de táxi que o Lucas pagou?



9 comentários:

  1. quarenta e cinco pratas mais o lucas pagou com uma nota de cinquenta e nao quis trouco ate mais estou anciosa pra saber oq a Asha quer mostrar a Katrina :)

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  2. quero maaaaaaaaiiiiss estou a espera ate amanha

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  3. Agora o trem tá ficando melhor,agora que o Lucas apareceu.A corrida do taxi custou 45.

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  4. Estou muito anciosa pra saber oque asha quer. Mostrar ==Quarenta e Cinco Pratas==

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  5. serio Thay te juro q se vc parar num momento de suspense no domingo seu amado Livro vai sofre conseguencias TO BRINCANDO SE LIVRO TA OTIMO È MARAVILHOSO ACABEI DE TERMINAR ELE "Quase morri de chorar agora"
    Bjs Thaina

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  6. Tá divo de mais.... A Katrina ta parecendo uma chaminé kkkkkkkkkk .
    Foi 45 pratas e o Lucas pagou com uma nota de 50 e ainda não quis o troco. Beijocas CAROL sua leitora fiel

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  7. Ameiii continuaasa pfvr

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